Colocação de fotografias e texto

As imagens que colam o real ao tempo e viajam no espaço, são neste blog um tema a explorar nas mais diversas áreas , trazendo até nós os seus pequenos universos conquistados ...num simples disparo.
"gentes e espaços", pretende também promover a discussão de temas importantes sobre ambiente e conservação, sociedades, cultura, politica entre outros...


terça-feira, 27 de maio de 2014

...e porque não o Pintassilgo


O verdilhão ...


A Europa Política perdeu....

Estas eleições revelam o que muitos teimam em não aceitar, provavelmente porque isso implica uma subtracção salarial o que não convém, o modelo Europeu onde estamos integrados simplesmente não funciona e a engrenagem que implementaram para que o velho mundo se tornasse próspero foi  e é um erro crasso e isso deve-se a um facto impiedosamente claro e transparente, não podemos subsistir nestes moldes enquanto existir clivagens entre os países do Norte e do Sul.
Uma união Europeia constituída por nações Ricas a comandar o desenvolvimento das nações Pobres simplesmente dá confusão e resulta na estrema negação do acto eleitoral por parte da população Europeia, nomeadamente dos Países que com menores recursos viram ao longo dos anos a sua estrutura económica e social alterada por força das determinações de pessoal "que lá de cima" ditou sentença e cá de baixo,obedientes chefes de estado, cumpriram escrupulosamente.
Por outro lado a Globalização trouxe novos contextos sociais, culturais e económicos que paulatinamente transformou o modo de nos posicionarmos perante o que nos rodeia e o que pensamos sobre a nossa existência. A tecnologia refogou  este caldo de mudança e trouxe novos sabores sobre o que queremos da modernidade, tornando os pensamentos colectivos mais exigentes sobre as coisas. Óbvio que populações mais instruídas , mais tarde ou mais cedo, revoltam-se sobre os mandamentos dos Senhores Papões , que desde sempre ( pois isto não é um fenómeno novo ) pensaram que  a fonte nunca secaria, e provavelmente até têm razão, porque apesar de tudo, o que dispomos para podermos compreender as relações que existem na vida social, cultural e política, acabamos por virar as costas ao que não acreditamos. Este erro permite que continuemos a ser....manipulados e admitimos democraticamente as eleições de quem não gostamos, simplesmente porque somos comodistas. 
Naturalmente que é legítimo não querermos votar, porque já não acreditamos, ou porque deixamos a resolução dos problemas aos outros, o que em última análise não funciona. Assim temos um cenário interessante, quem vai votar está ciente e convicto dos seus ideais, mas corremos o risco desses crentes serem de facções idealistas de extremas pretensões, como aconteceu em França.
A cultura política tem que mudar, a chave está na atitude que deve ser credibilizada num acto político direccionado para a democracia popular e maioritariamente representativa, o que não acontece. Neste caso temos o exemplo do nosso Presidente da República que foi eleito ( na legalidade da constituição ) por meia dúzia de votos, então questionamos se essa figura é representativa da nossa Sociedade? Não o é, mas seguramente que foi democraticamente eleito e quanto a isso nada podemos fazer. 
Teremos que caminhar colectivamente para a alteração dos princípios que regem o acto Político e Globaliza-lo no sentido do respeito e da igualdade, enquanto isso não suceder, a alternância do Poder será a realidade indesejável, bem....pode ser que apareça ou apareçam novas cabeças neste enleio todo e que a malta vá por conseguinte atrás na esperança da não demagogia.
O Velho Mundo, na minha maneira de ver, está de novo a requisitar mudança, e vejo essa necessidade com algum pessimismo, é que a História também nos diz como por vezes e sobre determinadas circunstâncias o acto colectivo pode fazer renascer ódios e sentimentos de pertença, Nacionalismos....os ciclos não são só naturais, a humanidade também se pauta por mudanças, umas vezes levam mais tempo, outras não.
A União Europeia , projecto que não é tão recente quanto se podem pensar, é baseada no ideal liberalista que em termos gerais pressupõem a liberdade individual como alavanca moderna de uma convergência intelectual  e filosófica comum que terminaria numa federação de Estados. Todavia nasce das contingências bélicas das guerras Europeias, ou seja, de grosso modo, é um objectivo que está contagiado pela diversidade das culturas imperialistas, que se enraizaram ao longo dos séculos. Isto tudo para dizer, que não obstante as ideias desta união Europeia serem de uma forma geral baseadas em princípios liberalistas e do exercício da cidadania individual no projecto colectivo, nunca será na prática um bom exemplo, enquanto existir efeitos residuais de objectivos imperialistas de Estados defraudados pela não vitória ( militar).
Bem...este contexto de uma União de Estados Europeus, convém referir, é explorado não só Politicamente como Filosoficamente,  seja Kant ou a outro nível por exemplo. Nietzsche, mas que a base é indiscutivelmente a universalidade do Europeu na transmissão dos valores Humanos e Democráticos.
Ora, a moralidade subjacente e a racionalidade das acções impressas por estes dois "Europeístas", são aproveitadas, já num contexto actual, pelos novos partidos de diversas correntes político-filosóficas que teoricamente são abolidos os absolutismos, mas que na prática , eu diria são mais autocracias disfarçadas, como o lobo vestido com pele de Ovelha.
Aglutinadas em famílias Europeias os nossos partidozinhos Tugas vão esfolando a malta com as suas palavras que já não mentem, são verdadeiras, explorando ao máximo uma cultura Política carregada de fachadas e teatralização, de risos hipócritas e palavras caras, mas que coadjuvados por uma imprensa demente, compram a hospitalidade do ser "Tuga" na sua maneira de pensar e estar, criando condições de regozijo e festejo pela vitória do Benfica no Campeonato e da neve que caiu na Serra da Estrela, enquanto a realidade da população bebe o limiar da fome , da tristeza e da depressão colectiva.